O CID-11 (Classificação Internacional de Doenças) trouxe diversas mudanças importantes nas formas de diagnóstico e categorização de distúrbios neurológicos, incluindo o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essas atualizações afetam diretamente como os profissionais de saúde abordam esses transtornos, proporcionando novas abordagens para diagnósticos mais assertivos e tratamentos mais eficazes. Neste artigo, vamos explorar as principais mudanças e como elas impactam o acompanhamento clínico, especialmente no contexto de uma clínica especializada como a Núcleo Joy.

O que é o CID-11?

O CID é um sistema global de categorização e codificação de doenças e condições de saúde, utilizado por profissionais de saúde em todo o mundo. A versão mais recente, o CID-11, foi implementada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e trouxe diversas atualizações sobre como condições neuropsiquiátricas, como o TDAH e o TEA, são diagnosticadas.

TDAH no CID-11: Mudanças Significativas

Uma das mudanças mais relevantes no diagnóstico de TDAH no CID-11 é a separação das classificações de TDAH em crianças e adultos. A nova versão do CID leva em consideração que os sintomas do transtorno podem se manifestar de maneiras diferentes ao longo da vida, especialmente na transição da infância para a vida adulta.

O que muda com o CID-11 para o TDAH?

  1. Diagnóstico mais preciso para adultos: Anteriormente, o diagnóstico de TDAH era frequentemente subdiagnosticado em adultos, pois muitas vezes os sintomas eram atribuídos a outras condições. Com o CID-11, é possível um diagnóstico mais assertivo para aqueles que apresentam sinais de TDAH na vida adulta, como dificuldades de organização, impulsividade e baixa tolerância a frustrações.
  2. Comorbidades reconhecidas: O CID-11 agora reconhece comorbidades associadas ao TDAH, como a ansiedade e a depressão, que costumam coexistir em muitos pacientes. Isso permite que os profissionais de saúde tratem de forma mais eficaz esses transtornos concomitantes.
  3. Classificação detalhada: A introdução de subtipos mais detalhados do TDAH permite um diagnóstico mais específico, o que facilita a escolha de abordagens terapêuticas personalizadas para cada paciente.

TEA no CID-11: Maior Abrangência e Inclusão

O transtorno do espectro autista também passou por atualizações significativas no CID-11, visando uma melhor compreensão e categorização dos diversos graus de autismo.

O que muda com o CID-11 para o TEA?

  1. Enfoque no espectro: A maior mudança é a forma como o transtorno é abordado. O CID-10 classificava o TEA em subtipos distintos (como o autismo clássico, a síndrome de Asperger e o transtorno desintegrativo da infância), enquanto o CID-11 adota uma abordagem mais inclusiva, considerando o espectro autista como um espectro único, com diferentes graus de severidade.
  2. Sintomas mais precisos: O CID-11 introduz critérios mais claros para a avaliação dos sintomas sociais e de comunicação em indivíduos com TEA. Isso ajuda os profissionais a determinar com mais precisão onde se encontra o paciente dentro do espectro, facilitando a escolha do tratamento adequado.
  3. Reforço das intervenções precoces: Com as novas classificações, o CID-11 enfatiza a importância das intervenções precoces no TEA. Diagnósticos feitos antes dos 3 anos de idade são agora mais comuns, permitindo uma intervenção terapêutica que pode melhorar significativamente o desenvolvimento da criança.

Como as Atualizações Impactam o Tratamento no Núcleo Joy?

As mudanças no CID-11 têm implicações diretas na forma como o Núcleo Joy trata pacientes com TDAH e TEA. A equipe do Núcleo, composta por profissionais especializados em análise do comportamento (ABA) e intervenções psicopedagógicas, pode agora aplicar métodos mais eficazes e direcionados ao diagnóstico específico de cada paciente. As atualizações permitem:

A Importância do Diagnóstico Precoce

O diagnóstico precoce continua sendo um fator crucial para o sucesso do tratamento, tanto para TDAH quanto para TEA. As atualizações do CID-11 reforçam a importância da detecção precoce de ambos os transtornos para que intervenções adequadas sejam feitas o quanto antes. Com um diagnóstico adequado, é possível evitar que o paciente enfrente desafios no futuro relacionados ao desenvolvimento acadêmico, profissional e social.

As mudanças no CID-11 para o diagnóstico de TDAH e TEA representam um avanço significativo no reconhecimento e compreensão dessas condições. Para as famílias e os profissionais de saúde, essas atualizações oferecem uma oportunidade de tratamentos mais direcionados e eficazes, além de permitir uma abordagem personalizada para as necessidades específicas de cada paciente.

No Núcleo Joy, a atualização do CID-11 nos permite aprimorar nossos tratamentos, garantindo que cada indivíduo receba o apoio necessário para seu desenvolvimento e bem-estar. Se você ou alguém que você conhece apresenta sinais de TDAH ou TEA, não hesite em buscar ajuda especializada. Com um diagnóstico preciso e um tratamento adequado, é possível proporcionar uma vida mais equilibrada e satisfatória para os pacientes neurodivergentes.

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